your eyes are pure sex

e assim se passa uma noite acordada...

jurei para nunca mais fazer a dita "directa" e não me afasto do meu "acordar cedo ... bem erguer..."...

pronto, hoje foi uma dessas noites, não consigo pensar...

nintendo, livros, desenhos, falar com quem está num fuso horário de hora diurna, música... Baixinho... mas... música! E mais um chá, mais uma tentativa de dormir... Nop. Not having it.

reordenei todos os móveis do quarto onde estou agora (já perdi a conta aos quartos deste Verão... e nem fui de férias).

são... 11.45 e eu não estou bem dentro desta realidade de pessoas a falar alto, de telemóveis a tocar...

odeio isto. Juro para nunca mais (esta não conta, foi sem querer).

ahhhh mas até durante o tempo morto, assim mesmo embalsamado...

começo a odiar (mais) a internet. As ligações. As caras, as frases, isso tudo.

se calhar, antes, diria ... há quase 2 anos que nada disso me fazia espécie. Era útil. Ponto.

mas agora eu encontrei (... nem por isso, quanto ao meu coração ou luxúrias estou à mercê do desejo que me der) aqueles olhos que dizem arrepios nas costas.

olhos que, à partida, parecem entristecidos mas são consequência do pensar, introspecção.

e hoje, em 2017, quando não há mais nada para fazer, é o degredo digital...

"loll..."

"opá quem apresenta isto?!"

"... isto é assim... irónico, certo?"

"ahhh não, emblemas de clubes..."

e rio-me. (Estas insónias são qualquer coisa - ponham-me a ler a porcaria da bíblia e eu fico ali toda a noite...).

este mundo é estranho... Estas redes são estranhas...

na digitalização de uma apresentação própria, o avatar torna-se real.

"BOOM"

olhos que dão arrepios.

power off! ... e tento distrair-me.
...

não consigo.

porque a nossa redoma é uma bolha de sabão que vai, inevitavelmente, conjugar-se a outra(s). Mas há bolhas de sabão amargas, que ao rebentar deixam um travo amargo na língua.

mas eu sou humana, e bastante fixa nos pormenores.

e há olhares que não só nos tocam como bolhas de sabão como nos envolvem completamente.

assim, ao de leve como quem não quer a coisa, como uma brisa gelada numa noite de Verão que ferve.

e depois? Não sei. Nada.

nada.

só a envolvência, só os suspiros e o esticar dos braços para o ar, espreguiçar faz bem para descontrair uma gula de alguma coisa que agora não interessa.

***

Previous
Previous

abyss

Next
Next

vinte e seis